Maneirismo
INTRODUÇÃO
Maneirismo
é o nome empregado para designar as manifestações artísticas desde 1520, momento quando se inicia a crise
do renascimento, até o início do século
XVII. Todo esse período foi marcado por uma série de mudanças na Europa, que
envolveram os movimentos religiosos reformistas e a consolidação do absolutismo
em diversos países.
.
As
guerras que envolveram a Itália e posteriormente a força da Inquisição irão determinar um grande êxodo de artistas e
intelectuais em direção à outros países;
"Os grandes impérios começam a se formar, e o homem já não é a principal e única medida do
universo".
CARACTERÍSTICAS
Nesse sentido se perceberá que o maneirismo tem características variadas, difícil de reuni-las e um único conceito.
O termo
Maneirismo foi utilizado por Giorgio Vasari para se referir a "maneira"
de cada artista trabalhar. Uma evidente t tendência para a estilização exagerada
e um capricho nos detalhes começam a ser sua marca, extrapolando assim as rígidas linhas
dos cânones clássicos. Muitos críticos
consideram que o maneirismo representa a oposição ao classicismo e ao mesmo tempo, manteve-se como tendência
artística até o desenvolvimento do Barroco, que marcaria a nova visão artística
da Igreja Católica, após o movimento de
contra reforma Alguns historiadores o consideram
uma transição entre o renascimento e o barroco, enquanto outros preferem vê-lo como um estilo
propriamente dito. Os artistas passam a
criar uma arte caracterizada p ela deformação das figuras e pela criação de figuras abstratas,
onde não havia relação direta entre o
tamanho da figura e sua importância na obra
.
ARQUITETURA
Renovação.
ESCULTURA
Na
escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às formas clássicas soma-se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade. Em resumo, repetem-se as
características da arquitetura e da
pintura.
Não
faltam as formas caprichosas, as proporções estranhas, as superposições de
planos, ou ainda o exagero nos detalhes,
elementos que criam essa atmosfera de tensão tão característica do
espírito maneirista.
O espaço
não é problema para os escultores maneiristas. A composição típica desse estilo
apresenta um grupo de figuras dispostas umas sobre as outras, num equilíbrio
aparentemente frágil, unidas por contorções extremadas (figura serpentinada) e exagerado
alongamento dos músculos. A composição
é definitivamente mais dinâmica que a renascentista,
e as proporções da antiguidade já não
são a única referencia.
“Sepulcro
de Catarina de Médicis - Abadia de Saint Denis – França”. O modo de enlaçar as
figuras, atribuindo-lhes uma infinidade
de posturas impossíveis, permite que
elas compartilhem a reduzi da base que têm como cenário, isso sempre respeitando a composição
geral da peça e a graciosidade de todo o
conjunto. É dessa forma que
o grande
gênio da escultura, Giambologna,
consegue representar, numa só cena,
elementos iconográficos tão complicados
como a de sua famosa obra O Rapto das Sabinas.
PINTURA
É
na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os
pintores da segunda década do século XV que, afastados dos cânones
renascentistas, cria esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já
não os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela própria arte. Uma estética
inteiramente original, distanciada dos cânones clássicos renascentistas, começa
a se insinuar dentro das novas obras pictóricas.
Cristo
abraçado à cruz - El Greco - Museu do Prado
Pode-se
tomar como exemplo uma composição em que um a multidão de figuras se comprime
em espaços arquitetônicos reduz idos. O resultado é a formação de planos
paralelos, completamente irreais, e uma atmosfera de
tensão
permanente. Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem
torneados do renascimento. Os músculos fazem agora contorções absolutamente
impróprias para os seres humanos.
Rostos melancólicos
e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado minucioso e cores
brilhantes. A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras
inadmissíveis. Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro da perspectiva,
mas em algum ponto da arquitetura, onde
o olho atento deve, não sem certa
dificuldade, encontrá-lo. No entanto, a
integração do conjunto é perfeita.
"O Outono" - Giuseppe Arquibaldo - Museu do Louvre.
"A
Primavera" - Giuseppe Arquibaldo - Museu do Louvre.
E é assim que, em sua última fase, a pintura maneirista, que começou como a expressão de uma crise artística e religiosa, chega a seu verdadeiro apogeu, pelas mãos dos grandes gênios da pintura veneziana do século XVI. A obra de El Greco merece destaque, já que, partindo de certos princípios maneiristas, ele acaba desenvolvendo um dos caminhos mais pessoais e únicos, que o transformam num curioso precursor da arte.
"El Greco"
Poderia disponibilizar um gabarito?
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