segunda-feira, 29 de abril de 2013

Maneirismo



Maneirismo



INTRODUÇÃO



Maneirismo é o nome empregado para designar as manifestações artísticas  desde 1520, momento quando se inicia a crise do renascimento, até o  início do século XVII. Todo esse período foi marcado por uma série de mudanças na Europa, que envolveram os movimentos religiosos reformistas e a consolidação do absolutismo em diversos países.

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As guerras que envolveram a Itália e posteriormente a força da Inquisição  irão determinar um grande êxodo de artistas e intelectuais em direção à  outros países; "Os grandes impérios começam a se formar, e o homem já  não é a principal e única medida do universo".


CARACTERÍSTICAS


Nesse sentido se perceberá que o maneirismo tem características variadas, difícil de reuni-las e um único conceito.

O termo Maneirismo foi utilizado por Giorgio Vasari para se referir a "maneira" de cada artista trabalhar. Uma evidente t tendência para a estilização exagerada e um capricho nos detalhes começam a ser sua  marca, extrapolando assim as rígidas linhas dos cânones clássicos.  Muitos críticos consideram que o maneirismo representa a oposição ao  classicismo e ao mesmo tempo, manteve-se como tendência artística até o desenvolvimento do Barroco, que marcaria a nova visão artística da Igreja  Católica, após o movimento de contra reforma Alguns historiadores o  consideram uma transição entre o renascimento e o barroco, enquanto  outros preferem vê-lo como um estilo propriamente dito.  Os artistas passam a criar uma arte caracterizada p ela deformação das  figuras e pela criação de figuras abstratas, onde não havia relação direta  entre o tamanho da figura e sua importância na obra

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ARQUITETURA



Renovação.



ESCULTURA 




Na escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às formas  clássicas soma-se o novo conceito intelectual da arte  pela arte e o distanciamento  da realidade. Em resumo, repetem-se as características  da arquitetura e da pintura.

Não faltam as formas caprichosas, as proporções estranhas, as superposições de planos, ou ainda o  exagero nos detalhes,  elementos que criam essa  atmosfera de tensão tão característica do espírito  maneirista.

O espaço não é problema para os escultores maneiristas. A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas umas sobre as outras, num equilíbrio aparentemente frágil, unidas por contorções  extremadas (figura serpentinada) e exagerado alongamento dos músculos.  A composição é definitivamente mais dinâmica que a  renascentista, e as  proporções da antiguidade já não são a única referencia.

“Sepulcro de Catarina de Médicis - Abadia de Saint Denis – França”. O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma  infinidade de posturas  impossíveis, permite que elas compartilhem a reduzi da base que têm como  cenário, isso sempre respeitando a composição geral da peça e a  graciosidade de todo o conjunto. É dessa forma que

o grande gênio da  escultura, Giambologna, consegue representar, numa  só cena, elementos  iconográficos tão complicados como a de sua famosa  obra O Rapto das  Sabinas.




PINTURA 

É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os pintores da segunda década do século XV que, afastados dos cânones renascentistas, cria esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já não os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela própria arte. Uma estética inteiramente original, distanciada dos cânones clássicos renascentistas, começa a se insinuar dentro das novas obras pictóricas. 

                                                              Cristo abraçado à cruz - El Greco - Museu do Prado 

Pode-se tomar como exemplo uma composição em que um a multidão de figuras se comprime em espaços arquitetônicos reduz idos. O resultado é a formação de planos paralelos, completamente irreais, e uma atmosfera de

tensão permanente. Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem torneados do renascimento. Os músculos fazem agora contorções absolutamente impróprias para os seres humanos.

Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado minucioso e cores brilhantes. A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissíveis. Os verdadeiros protagonistas do  quadro já não se posicionam no centro da perspectiva, mas em algum  ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não  sem certa dificuldade,  encontrá-lo. No entanto, a integração do conjunto é perfeita.
















 "O Outono" - Giuseppe Arquibaldo - Museu do Louvre.

 














"A Primavera" - Giuseppe Arquibaldo - Museu do Louvre.







E é assim que, em sua última fase, a pintura maneirista, que começou  como a expressão de uma crise artística e religiosa, chega a seu verdadeiro  apogeu, pelas mãos dos grandes gênios da pintura veneziana do século  XVI. A obra de El Greco merece destaque, já que, partindo de certos  princípios maneiristas, ele acaba desenvolvendo um  dos caminhos mais pessoais e únicos, que o transformam num curioso precursor da arte. 



















         "El Greco"


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