segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Leitura narrativa e contextualizada por Kely Cristina e Losleyne-2ºM08



Conheça A Morte de Marat, de Jacques-Louis David:

A Morte de Marat, do pintor francês Jacques-Louis David. Neste quadro despojado, porém comovente, David lamenta a morte de seu amigo próximo, o revolucionário Jean-Paul Marat.



A vítima foi um dos principais membros da Convenção Nacional - órgão que governou a França na época do Terror, Revolução Francesa. Sua orientação política extremista fez com que reunisse muito inimigos, em especial após a queda dos girondinos. 

Em 13 de julho, uma jovem chamada Charlotte Corday, uma adversária política de Marat, obteve uma audiência com ele em sua sala de banho. Algo comum, já que ele sofria de uma doença de pelo que o forçava a tomar banhos frequentemente. Por isso, o revolucionário usava seu banheiro como escritório.


  Durante a reunião, Corday esfaqueou Marat até a morte. Em seu julgamento, ela declarou: "Eu matei um homem para salvar cem mil vidas". Três dias após, ela foi mandada para a guilhotina.
  Jacques-Louis David foi convidado pela Convenção a pintar um memorial a Marat. Ele era uma boa escolha, porque compartilhava dos mesmos ideais revolucionários e tinha um estilo neoclássico rigoroso, adequado à situação. 

  Depois da Revolução, o quadro se tornou constrangedor para o novo regime e em 1795 foi devolvido a David. Sua reputação só foi ser restaurada com o poeta e crítico de arte Charles Baudelaire que, sobre ela, comentou: "Esta obra contém algo ao mesmo pungente e terno; uma alma alça voo no ar frio do aposento, entre estas paredes frias, em volta desta fria banheira funerária".


Detalhes de A Morte de Marat se destacam:



  1. Face de Marat
Durante a Revolução, Marat foi um dos homens mais poderosos da França. Ele foi um jornalista radical, editor da publicação L'Ami du Peuple (O Amigo do Povo). David alterou a aparência do amigo para ajustá-la à de um herói martirizado. Removeu suas marcas de pele e o rejuvenesceu, embora Marat realmente usasse esta espécie de turbante molhado de azeite devido a sua doença. 

  2. Faca do crime
 A faca de Charlotte está no chão, como se ela estivesse fugido e deixado-a no chão. Segundo alguns relatos, porém, a faca ficou alojada no peito de Marat. Mas David excluiu todo elemento que prejudicasse a imagem de mártir do revolucionário. Ele também "limpou" a imagem, deixando-a com pouco sangue e mudando o fundo ornamentado do banheiro.
 
3. Mobília  
Para enfatizar que Marat era um "homem do povo", David pintou este caixote velho como uma escrivaninha improvisada. Foi nesta superfície em que o artista assinou sua dedicatória "Ao Marat, David". 

 4. Carta na mão
  À carta na mão de Marat é uma apresentação de Charlotte: "Basta minha grande infelicidade para dar-me o direito à sua bondade". David distorce a verdade para destacar a natureza generosa do assassinado e demonizar a assassina. Na verdade, Charlotte conseguiu entrar porque afirmou  ter informações sobre os reacionários, inimigos monarquistas. 




 Texto criativo

Cartas de Verão
Um estranho jovem que doente vivia em uma casa de praia, passava a maior parte do seu tempo escrevendo cartas de amor a Julieta, que era por sua vez uma mulher bonita, porém casada.
Mesmo não sendo correspondido, insistentemente escrevia poemas líricos, as quais retratavam o desejo de possuí-la em seus braços. Porém, Julieta adorava ler seus poemas, mas era apaixonada por seu marido e guardava as cartas do seu admirador, pois adorava as poesias. O jovem vivia assim, num breu, sem saída, sufocando seus sentimentos. De vez em quando se pegavam trocando olhares singelos e delicados em meio aos encontros que raramente coincidiam nas caminhadas matinais no calçadão da praia. No anseio obsessivo do rapaz, por estar perto da amada sem poder toca-la, levou-o a escrever sua última carta.
Em uma noite escura com a alma a congelar, entrou em sua banheira e começou a escrever e ao término da carta lia-se: “Foi tudo ilusão, esperança qualquer coisa parecida, não há vida sem você, por isso desisto da vida.”

                                                                                                        Kely Cristina e Losleyne 


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